viernes, 25 de septiembre de 2009

ABAIXO A DITADURA GOLPISTA! ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE!


ABAIXO A DITADURA GOLPISTA!
ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE!

Madrugada de 22 de setembro: mais de mil policiais e militares, segundo testemunhos, se lançam com tiros de fusil e bombas de gás contra 5 mil pessoas que se postaram em frente à embaixada do Brasil, em Tegucigalpa, para proteger o presidente Manuel Zelaya que decidiu regressar a Honduras para fazer valer o direito de terminar o mandato presidencial para o qual foi eleito pela população.

Desde o momento em que Manuel Zelaya, presidente legítimo, voltou, a luta do povo hondurenho contra os golpistas tomou fôlego. Apesar da reação assassina do governo de Micheletti que ataca o povo, que prende, fere e mata, e que não duvida em agredir a Embaixada do Brasil onde Zelaya se refugiou, a movilização popular, inclusive utilizando barricadas, convocada pela Frente Nacional Contra o Golpe de Estado, se estendeu obrigando o regime a levantar o toque de recolher.

A ditadura que realizou o golpe contra Zelaya em 28 de junho passado, com o apoio dos comandantes do Exército hondurenho, dos partidos da oligarquia e, por trás deles, do embaixador norteamericano, busca manter-se no poder à custa de sangue e contra a vontade de todo um povo. Mas a realidade é que 7 dias antes do regresso de Zelaya, no dia da comemoração da “Festa Pátria”, o governo de Micheletti mostrou seu total isolamento da população.

Em 15 de setembro 500 mil trabalhadoras, trabalhadores, jovens, habitantes dos bairros pobres desfilaram ao chamado da FRENTE NACIONAL CONTRA O GOLPE DE ESTADO para comemorar a primeira independência deste país (1821) e para assinalar que estão por uma segunda independência, expressa na luta pela ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE para impor instituições democráticas, para defender la soberania nacional. No mesmo dia o governo golpista só pode reunir 4 mil pessoas, fechadas num estádio de futebol, protegidas pelo Exército, muitas delas obrigadas sob pena de represálias no trabalho.

O povo hondurenho sentiu o regresso de Zelaya como uma conquista de um movimento que já dura 88 dias, com manifestações diárias, a maior parte das vezes ignoradas pela imprensa internacional interessada em promover o Plano Arias-Clinton, que significa o regresso pactado de um presidente sem poderes para “validar” eleições ilegítimas desde a origem, no mes de novembro.

O movimento ininterrupto das massas hondurenhas, como se vê nas ruas e se expressa nas declarações da Frente Nacional Contra o Golpe, busca o retorno de Zelaya à presidência para concretizar a convocação da Constituinte, e a punição dos culpados da repressão e do assassinato de populares.

Hoje, a sorte do povo hondurenho é a sorte dos povos da América Central, do continente inteiro e do mundo. É a luta pelo direito dos povos a decidir sobre seu próprio destino e a exercer sua soberania, por uma União libre de Nações Soberanas em estreita colaboração com os explorados e oprimidos dos Estados Unidos.
Deter a escalada repressiva contra o povo de Honduras é, ao mesmo tempo, enfrentar a ofensiva do governo dos EUA que hoje instala bases militares na Colômbia para ajudar as oligarquias locais a continuarem jogando seu papel de administradoras das grandes multinacionais, para derrotar o processo de resistência de todos os povos trabalhadores do continente e fazê-los pagar bilhões de dólares pelo custo da brutal crise do sistema capitalista.

A 4ª Internacional se pronuncia pelo mais amplo apoio em solidariedade ao povo hondurenho e participa, com suas seções no continente e no mundo, em todas as ações de frente única com as organizações de trabalhadores e organizações que se pronunciam pela defesa da soberania dos povos, contra a repressão, pela democracia, para realizar mobilizações e pronunciamentos em apoio ao povo de Honduras.

A 4ª Internacional diz:

-Abaixo a ditadura golpista!

-Libertação dos presos políticos, fim da repressão! Punição aos culpados!

-Zelaya Presidente, de forma imediata e incondicional!

-Assembléia Constituinte!
Fuente: edufrei.blogspot.com
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