Todo apoio ao povo de Honduras contra o Golpe! Restituição de Zelaya na presidência e Constituinte Soberana!
Passados mais de 90 dias do golpe de Estado contra o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, dado para impedir a realização da consulta popular pela convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte, a resistência do povo de Honduras e suas organizações sindicais e populares não cessa.
É essa resistência, expressa em 15 de setembro, “Dia da Pátria”, por centenas de milhares de manifestantes em Tegucigalpa exigindo a saída do golpista Micheletti, que possibilitou o retorno ao país do presidente eleito que abrigou-se na Embaixada do Brasil.
Nesta situação, a condição para qualquer saída democrática e a favor do povo, é a recusa do Plano Arias (fabricado nos EUA) como base para um “acordo” com os golpistas que têm as mãos sujas de sangue do povo hondurenho.
O governo usurpador decretou Estado de Sítio e não permitiu a entrada de uma delegação da OEA no país, para logo depois hesitar, pois até o congresso controlado pelos golpistas não deu seu aval.
Ao contrário de refrear o movimento de resistência - no qual jogam papel central organizações sindicais e camponesas - as medidas do Estado de Sítio, como o fechamento da Radio Globo e do Canal 36, e, depois, o desalojamento dos 57 militantes que ocupavam o Instituto Nacional Agrário em 30 de setembro, reforçaram a determinação de luta contra os golpistas.
Estados Unidos e Brasil
A secretária de Estado de Obama, Hillary Clinton, quando do retorno de Zelaya a Honduras, declarou que a solução poderia estar próxima. Mas dias depois, o embaixador dos EUA na OEA criticou o retorno do presidente eleito ao seu próprio país como uma “aventura”. O imperialismo mais poderoso demonstra, no mínimo, uma incerteza que resulta em complascência com o golpismo.
Por seu lado, o governo Lula respondeu às ameaças de Micheletti, que exige a entrega de Zelaya, dizendo “não acatar o ultimato de um golpista usurpador de poder”. O representante do Brasil na OEA criticou duramente a inação da organização “que pode se tornar irrelevante”. O chanceler Celso Amorim, por seu lado, disse que “o Brasil é guardião do presidente legítimo de Honduras”. Atitudes corretas.
Por isso tem razão as entidades (dentre elas a CUT e o MST) que convocam um ato de solidariedade contra o Golpe em Honduras, em 2 de outubro em São Paulo, quando se colocam “na defesa da embaixada do Brasil contra qualquer ataque ao presidente eleito Manuel Zelaya, aos ativistas e dirigentes que o acompanham, bem como contra qualquer funcionário da embaixada.”
A posição correta do governo brasileiro de apoiar um presidente eleito e deposto por um golpe em Honduras, contrasta com a presença de tropas brasileiras à cabeça da missão da ONU no Haiti, onde também o presidente eleito, Aristide, sofreu um golpe e foi expulso do país. Às vésperas da renovação do mandato das tropas no Haiti por mais um ano em 15 de outubro, a defesa da soberania dos povos exige todo apoio à resistência do povo hondurenho contra o golpe, da mesma forma que a retirada das tropas da ONU do Haiti.
Reforçar os laços de solidariedade
A Frente de Resistência em Honduras, mesmo nas difíceis condições de repressão geradas pelo golpe que causaram mortes e prisões, convoca para 8 e 9 de outubro um Encontro Internacional em Tegucigalpa para reforçar a luta pelo retorno do presidente legítimo e a convocação de uma Assembléia Constituinte Soberana que atenda as reivindicações da nação oprimida (terra, justiça social, controle soberano dos recursos naturais), reivindicações que marcam as lutas dos povos no continente contra a opressão imperialista.
Está claro que o protagonista principal da situação em Honduras é a mobilização revolucionária do povo. A mais ampla Frente única está colocada para derrotar os golpistas e abrir a via para que o povo de Honduras tome em mãos seu próprio destino através de uma Assembléia Constituinte Soberana.
Revolução e contra-revolução se enfrentam em Honduras e toda a América Latina está atenta ao que está em jogo. Derrotar o golpe em Honduras com a solidariedade ativa das organizações operárias e populares do continente é traçar a via para a União Livre de Nações Soberanas da América Latina em colaboração com os explorados e oprimidos dos Estados Unidos e Canadá.
Sigamos mobilizados e preparados para dar continuidade a manifestações de apoio e solidariedade à luta do povo de Honduras contra o golpe e pela Constituinte!
São Paulo, 1º de Outubro de 2009
Corrente O Trabalho do PT, seção brasileira da 4ª Internacional
Passados mais de 90 dias do golpe de Estado contra o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, dado para impedir a realização da consulta popular pela convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte, a resistência do povo de Honduras e suas organizações sindicais e populares não cessa.
É essa resistência, expressa em 15 de setembro, “Dia da Pátria”, por centenas de milhares de manifestantes em Tegucigalpa exigindo a saída do golpista Micheletti, que possibilitou o retorno ao país do presidente eleito que abrigou-se na Embaixada do Brasil.
Nesta situação, a condição para qualquer saída democrática e a favor do povo, é a recusa do Plano Arias (fabricado nos EUA) como base para um “acordo” com os golpistas que têm as mãos sujas de sangue do povo hondurenho.
O governo usurpador decretou Estado de Sítio e não permitiu a entrada de uma delegação da OEA no país, para logo depois hesitar, pois até o congresso controlado pelos golpistas não deu seu aval.
Ao contrário de refrear o movimento de resistência - no qual jogam papel central organizações sindicais e camponesas - as medidas do Estado de Sítio, como o fechamento da Radio Globo e do Canal 36, e, depois, o desalojamento dos 57 militantes que ocupavam o Instituto Nacional Agrário em 30 de setembro, reforçaram a determinação de luta contra os golpistas.
Estados Unidos e Brasil
A secretária de Estado de Obama, Hillary Clinton, quando do retorno de Zelaya a Honduras, declarou que a solução poderia estar próxima. Mas dias depois, o embaixador dos EUA na OEA criticou o retorno do presidente eleito ao seu próprio país como uma “aventura”. O imperialismo mais poderoso demonstra, no mínimo, uma incerteza que resulta em complascência com o golpismo.
Por seu lado, o governo Lula respondeu às ameaças de Micheletti, que exige a entrega de Zelaya, dizendo “não acatar o ultimato de um golpista usurpador de poder”. O representante do Brasil na OEA criticou duramente a inação da organização “que pode se tornar irrelevante”. O chanceler Celso Amorim, por seu lado, disse que “o Brasil é guardião do presidente legítimo de Honduras”. Atitudes corretas.
Por isso tem razão as entidades (dentre elas a CUT e o MST) que convocam um ato de solidariedade contra o Golpe em Honduras, em 2 de outubro em São Paulo, quando se colocam “na defesa da embaixada do Brasil contra qualquer ataque ao presidente eleito Manuel Zelaya, aos ativistas e dirigentes que o acompanham, bem como contra qualquer funcionário da embaixada.”
A posição correta do governo brasileiro de apoiar um presidente eleito e deposto por um golpe em Honduras, contrasta com a presença de tropas brasileiras à cabeça da missão da ONU no Haiti, onde também o presidente eleito, Aristide, sofreu um golpe e foi expulso do país. Às vésperas da renovação do mandato das tropas no Haiti por mais um ano em 15 de outubro, a defesa da soberania dos povos exige todo apoio à resistência do povo hondurenho contra o golpe, da mesma forma que a retirada das tropas da ONU do Haiti.
Reforçar os laços de solidariedade
A Frente de Resistência em Honduras, mesmo nas difíceis condições de repressão geradas pelo golpe que causaram mortes e prisões, convoca para 8 e 9 de outubro um Encontro Internacional em Tegucigalpa para reforçar a luta pelo retorno do presidente legítimo e a convocação de uma Assembléia Constituinte Soberana que atenda as reivindicações da nação oprimida (terra, justiça social, controle soberano dos recursos naturais), reivindicações que marcam as lutas dos povos no continente contra a opressão imperialista.
Está claro que o protagonista principal da situação em Honduras é a mobilização revolucionária do povo. A mais ampla Frente única está colocada para derrotar os golpistas e abrir a via para que o povo de Honduras tome em mãos seu próprio destino através de uma Assembléia Constituinte Soberana.
Revolução e contra-revolução se enfrentam em Honduras e toda a América Latina está atenta ao que está em jogo. Derrotar o golpe em Honduras com a solidariedade ativa das organizações operárias e populares do continente é traçar a via para a União Livre de Nações Soberanas da América Latina em colaboração com os explorados e oprimidos dos Estados Unidos e Canadá.
Sigamos mobilizados e preparados para dar continuidade a manifestações de apoio e solidariedade à luta do povo de Honduras contra o golpe e pela Constituinte!
São Paulo, 1º de Outubro de 2009
Corrente O Trabalho do PT, seção brasileira da 4ª Internacional
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